A Faxina da Alma
Para um novo erguer, seja ele singelo ou robusto, o chão precisa estar puro, os detritos removidos.
Assim também para a semeadura, o mato cede, a erva daninha é extirpada, um leito fértil, pronto a acolher o futuro.
Quem já viu casa alicerçada em escombros? Assim na vida ecoa a mesma verdade. Para que a alegria floresça, para que sonhos se edifiquem, urge a faxina no terreno da alma.
Arrancar as raízes da mágoa, os nós do rancor, remover os entulhos do temor, os seixos da incerteza, da insegurança que paralisa, do ressentimento que consome.
Deixar para trás o fel do passado.
Viver a dádiva do instante.
O hoje vivo.
O agora pulsante.
Restaurar os laços rompidos, a paz desfeita.
Perdoar o outro.
Buscar o próprio perdão.
Com a alma limpa e refeita, o Universo conspira em flores e frutos, realizações que adornam a existência com sorrisos.
Empunhe a pá da firmeza, o ancinho da vontade tenaz, o carrinho da esperança renovada, e inicie, sem demora, a sua faxina interior.
Fábio Wlademir 5 de julho de 2025
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